Mesmo cuidando diariamente de 16 pessoas, todas com algum problema de saúde, no rosto de Valdir está estampada a angústia de não poder ajudar mais. “Ainda temos espaço para outras pessoas, mas precisamos de ajuda, principalmente alimentação e remédios. Qualquer doação é bem vinda”, afirma o irmão, que cuida sozinho do abrigo, cozinhando, faxinando e lavando roupas.
Valdir também faz um apelo para voluntários da área de saúde acompanharem os moradores do abrigo. “Falta alguém para fazer visitas médicas periódicas. Muitos aqui têm tuberculose, AVC (Acidente Vascular Cerebral) e até hanseníase. Também falta um acompanhamento ocupacional. Muitas vezes, eles sentem falta de alguém para conversar”.
As pessoas atendidas pelo abrigo chegaram através do contato de assistentes sociais com o irmão Valdir. “Os profissionais conhecem nosso trabalho. Nos hospitais, quando pacientes recebem alta e relatam que são moradores de rua e não têm família, eles são trazidos para o Lar”, explicou.
O aposentado José Morais, de 77 anos, morava na rua desde que a mulher o abandonou e roubou o seu cartão de aposentadoria. Após um AVC, ele foi encaminhado ao abrigo e, apesar das dificuldades, se considera feliz. “Me sinto muito melhor aqui, é mais espaçoso e alguém cuida de mim”. O Lar Divina Providência é uma instituição da Ordem Franciscana fundada em 1990. “Esse espaço é abençoado, foi inaugurado por Dom Aloísio Lorscheider”, lembra Valdir.
Crianças
Pela manhã, funciona no abrigo uma creche para 60 crianças que não conseguiram vagas na rede pública de ensino.
“São três turmas de 20 alunos. Pago meio salário para seis estagiários darem aulas às crianças. Isso toma quase todo o meu salário”, comenta.
Mais informações:
Lar Divina Providência
Rua José Júlio Feitosa, nº 479 - Lagoa Redonda
8787-4320 - irmão Valdir Paz
Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=533206
terça-feira, 15 de julho de 2008
Divina Providência
Ajudar ao próximo. Esta ação é, certamente, a principal medida usada para mensurar a bondade de um ser humano. O que dizer, então, de um homem de 49 anos que, desde os 15, está envolvido com trabalhos sociais da Igreja Católica e que mantém, sozinho, há 18 anos, um abrigo para pessoas abandonadas pelas famílias? Este é o irmão Valdir Paz, coordenador do abrigo Lar Divina Providência, na Lagoa Redonda.
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