segunda-feira, 28 de julho de 2008

Doações

O Lar Torres de Melo está recebendo doações de tampinhas de plástico de garrafas pet.

Qualquer quantidade será bem-vinda.

O lar agradece.

Informações e doações:
Rua Júlio Pinto, 1832 - Jacarecanga
lartmelo@veloxmail.com.br
Fone: 3206.6750

quarta-feira, 23 de julho de 2008

O Pequeno Nazareno


Hoje em nossa capital foi realizado o primeiro debate entre os candidatos a prefeitura de Fortaleza, com o tema: criança e adolescente, no auditório do Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

O encontro faz parte da programação do seminário estadual da campanha nacional "Criança não é na rua", coordenada pela ONG O Pequeno Nazareno, que atua em Fortaleza e Recife, e tem como objetivo melhorar as condições de vida de crianças e adolescentes moradoras de ruas.

A citada ONG foi fundada em 1994 e hoje acolhe 110 crianças ex-moradoras de ruas nas sedes de Fortaleza e Recife.

Seu trabalho consiste em estimular as crianças a saírem das ruas, encaminhando-as por intermédio do Conselho Tutelar ao Sítio O Pequeno Nazareno, onde participam de um programa socioeducativo que inclui: moradia, alimentação, educação, esporte, lazer, profissionalização, orientação moral, religiosa e reintegração familiar.

Com essas atividades as crianças aprendem a recuperar valores de vida que nunca tiveram ou que perderam com a permanência nas ruas.

A ONG O Pequeno Nazareno foi fundada pelo alemão Bernd Josef Rosemeyer, que baseou-se no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a fim de provar que as idéias contidas no mesmo são possíveis de serem praticadas.

A campanha "Criança não é na rua", dentre outros objetivos, celebra o aniversário de dezoito anos do ECA.

Conheça: http://www.opequenonazareno.org.br/

O filme de Bezerra de Menezes


Século XIX. No salão da guarda velha, no Rio de Janeiro, 2 mil pessoas pediam silêncio entre si para ouvir o discurso do médico Bezerra de Menezes. Era exatamente 1889 e o cearense, então ex-deputado geral do Rio de Janeiro, se declarou espírita. A família, no Ceará, torceu o nariz para a atitude, reações moralistas tomaram conta de parte da multidão, e Dr. Bezerra - como é carinhosamente chamado por quem conhece sua história - continuou: não apenas acreditava na doutrina codificada por Allan Kardec (em 1857, na França), como vivia tais princípios. Respondeu respeitosamente à carta que recebeu do irmão, líder católico no Ceará, rebatendo críticas e explicando seus pontos de vista. Chegou a ser presidente da Federação Espírita Brasileira, entidade máxima da doutrina no País.

Esta e outras histórias da vida desse cearense estão contadas no filme Bezerra de Menezes, de Glauber Filho e Joe Pimentel, que estréia dia 29 de agosto (data de nascimento de Bezerra) nos cinemas de 12 capitais brasileiras (Belém, Teresina, Fortaleza, Recife, Salvador, Brasília, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre).

"Se hoje assumir uma religiosidade é complicado, imagina no século XIX. E Dr. Bezerra era alguém de capacidade crítica, um misto de intelectual, jornalista, escritor. O filme aborda questões como esta: como é a escolha de uma religião? Esse tipo de polêmica ainda é presente nos dias atuais", explica o diretor Glauber Filho, que ressalta ainda que o filme não pretende criar dogmas, muito menos se restringe aos espíritas ou simpatizantes à doutrina. "O filme vai apresentar um personagem, que não é só representativo para o espiritismo, por ser considerado o Allan Kardec brasileiro, mas um personagem altamente engajado nas lutas políticas e sociais do País. Bezerra de Menezes vem de uma família em que o avô dele lutou na Confederação do Equador, depois de formado em medicina foi deputado geral do Rio de Janeiro (o que hoje seria o equivalente ao cargo de prefeito)", completa.

Luciano Klein, um dos roteiristas do longa ao lado de Andréa Bardawill e Glauber Filho, pesquisa sobre a vida de Bezerra de Menezes desde 1998. Tem duas biografias publicadas sobre o médico e prepara o terceiro livro para lançar no início de 2009. Não hesita ao responder: afinal, quem foi Bezerra de Menezes? "Acima de qualquer coisa, além de médico, político, espírita e jornalista, foi uma figura que toca os nossos corações pelo exemplo de vida. Numa sociedade carente de referências de bons exemplos, Bezerra de Menezes é uma bela mensagem pela sua relação com seu semelhante, substanciada na vivência do amor, renúncia e dedicação". E reforça a universalidade da história. "Bezerra de Menezes é um exemplo independente de religião, é exatamente esse trabalho de dedicação ao próximo, que arrasta uma multidão de admiradores. Ele foi uma daquelas pessoas que mais diretamente falam ao nosso coração, como foi Gandhi, João Paulo II, pessoas que viveram semeando a mensagem de paz. Fazer o bem independe de religião". Não à toa, Bezerra de Menezes é chamado de médico dos pobres.

No filme, o ator global Carlos Vereza dá vida ao Dr. Bezerra. Protagoniza um dos mais conhecidos casos de sua dedicação ao próximo. Cotidianamente uma fila de pessoas se postavam na frente do consultório do médico. Era cobrado de quem tivesse condições de pagar. Ao contrário do que se imagina, Bezerra de Menezes nem sempre teve situação financeira favorável. Numa dessas ocasiões, uma senhora se apresentou com a filha muito doente, Dr. Bezerra fez o diagnóstico e a mulher começou a chorar dizendo não ter condição de comprar o medicamento necessário. O médico, já sem nenhum tostão nos bolsos, tira do dedo o anel de formatura e pede que a mulher troque a jóia na farmácia. "É uma atitude de renúncia franciscana. Ele se dispôs de um objeto que significava o árduo sacrifício de um nordestino para terminar o curso de medicina no Rio de Janeiro", conta Klein.

Por essas razões o espiritismo no Brasil o considera o nome mais importante da doutrina no País do século XIX. No século XX, é Chico Xavier. Mas Bezerra de Menezes extrapola a religiosidade, principalmente na política do Rio de Janeiro. Foi parlamentar de projeção, coordenou reformas no sistema de abastecimento d'água, trabalhou pela educação, visando a melhoria de salários de professores, foi um abolicionista e um dos primeiros ecologistas do País.

O projeto do longa Bezerra de Menezes começou como um docudrama, mas estréia em agosto como ficção. A mudança aconteceu depois da exibição do filme de 60% ficção e 40% depoimentos, no Fórum Espírita Mundial, no Centro de Convenções, e no Congresso Espírita em Cartagena. "Fizemos a pergunta: o que mais os espectadores gostariam de ver no filme? A resposta era mais cenas de ficção. Decidimos aproveitar os 60% já filmados e acrescentar outras partes. Os depoimentos farão parte dos extras do DVD que será lançado posteriormente", conta Glauber Filho. O diretor acredita que, ao orçamento inicial de R$ 1,7 milhão, acrescentaram-se mais R$ 300 mil.

A avenida Bezerra de Menezes é homenagem ao irmão de Bezerra de Menezes, Theófilo Rufino Bezerra de Menezes, que foi advogado e professor do Liceu do Ceará. No bairro Rodolfo Teófilo, existe uma rua Adolfo Bezerra de Menezes. Essa, sim, é uma homenagem ao médico.

Fonte: http://www.opovo.com.br/opovo/vidaearte/806035.html

terça-feira, 22 de julho de 2008

Dia do Exercício Físico no Lar Torres de Melo

O PIPAS promoverá o dia do exercício físico no Lar Torres de Melo nos domingos 17 e 24 de agosto, das 13 às 16 hs.

Serão realizadas palestras e atividades físicas de alongamento, alongamento com bola, dança (forró), dentre outras.

Contamos com a participação de todos.

Sugestões e informações: grupopipas@gmail.com

domingo, 20 de julho de 2008

20 de julho - Dia do Amigo


Amigo é coisa para se guardar, do lado esquerdo do peito, debaixo de sete chaves, dentro do coração, ensina Milton Nascimento na música preferida de Ayrton Senna.

Existem muitas definições para a amizade. Segundo o Dicionário Aurélio, amizade é um sentimento fiel de afeição, simpatia, estima ou ternura entre pessoas que geralmente não são ligadas por laços de família ou por atração sexual.

Estas duas definições, se não são definitivas, dão uma boa idéia do que seja a amizade. Amigos são importantes na vida de qualquer pessoa. São eles que riem conosco na alegria e nos consolam na tristeza. Elogiam nossos acertos e não têm medo de criticar nossos erros. O bom amigo está ao nosso lado não na hora boa ou ruim, mas na hora certa. São pessoas a quem queremos muito bem e com as quais esperamos dividir muitos momentos na vida. E sempre foi assim, amigos sempre fizeram a diferença na vida do ser humano.

Mas, se a amizade é tão velha quanto a humanidade, a origem do Dia do Amigo é recente e controversa. Uma das versões mais propagadas diz que um argentino, chamado Enrique Febbaro, foi seu criador. Na década de 60 o mundo vivia o auge da corrida espacial e Enrique viu nessa empreitada um esforço do ser humano para estabelecer relações para além do planeta. Em 20 de julho de 1969, com a chegada do homem à Lua, o argentino decidiu usar esta data para fazer uma festa dedicada à amizade.

Aos poucos a data foi sendo adotada em outros países e hoje, em quase todo o mundo, o dia 20 de julho é o Dia do Amigo.

"A amizade é um amor que nunca morre." (Mário Quintana)

"A amizade começa quando, estando juntas, duas pessoas podem permanecer em silêncio sem se sentir constrangidas." (Tyson Gentry)

"A amizade sempre é proveitosa, o amor às vezes é." (Sêneca)

"Censura teus amigos na intimidade e elogia-os em público." (Ditado Latino)

"A amizade começa onde termina ou quando conclui o interesse." (Cícero)

"Se um amigo deixa de o ser é porque nunca o foi verdadeiramente." (Provérbio)

"O que mais impede de ter um bom amigo é o empenho em ter muitos. A amizade quer ser antiga." (Plutarco)

"Não sei se, com exceção da sabedoria, os deuses imortais ofereceram ao homem alguma coisa melhor que a amizade." (Cícero)

"Um irmão pode não ser um amigo, mas um amigo será sempre um irmão." (Demétrio)

"O melhor amigo de um homem é aquele que lhe deseja o bem por ele mesmo, mesmo que ninguém saiba disso." (Aristóteles)

"Quando você está cansado da vida e sem esperanças, segure suas mãos... porque amigos serão amigos até o fim." (Freddie Mercury)

"Eles são como o sol: não precisamos vê-los todos os dias para sabermos que existem."

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Marcas do individualismo?


Preocupada em resolver seu problema, muita gente cria problema para os outros sem nem se dar conta.

Na maior parte das vezes, não se trata de desinformação. As regras básicas de educação, códigos que costuram as relações com os outros e com a cidade, são conhecidas. Não jogue lixo na rua, não deixe água parada no quintal, não fure fila. Temas de campanha há décadas, assunto batido na mídia, estão no rol do por favor, obrigado, que se aprende desde cedo. Por que então fazer o errado tendo consciência disso? "A questão não é de educação ou de impunidade, é de moral, de ética. Vejo muito egocentrismo. Uma postura de que devo defender o que é meu", diz a psicóloga e professora Terezinha Joca. Em nome disso, justifica-se o próprio erro com o erro dos outros. "Transfiro a responsabilidade para aliviar a culpa". A velha história do faço porque todo mundo faz.

O Estado é um dos bodes expiatórios. É para ele que a maioria transfere o dever de resolver todas as obrigações. "Nosso conceito de cidadania é frágil. Direitos e deveres são confundidos. As obrigações não são só públicas", diz Mara Calvis, coordenadora de políticas ambientais da Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam). A maneira como Fortaleza cuida do seu lixo é reflexo disso. Entulhos de construção civil e restos de poda são despejados por carroceiros em terrenos baldios e calçadas. "É baratinho, as pessoas não têm consciência de que estão promovendo a sujeira na cidade", diz Eveline de Sousa Ferreira, presidente da Empresa de Limpeza Urbana (Emlurb).

Pouca gente sabe que, mesmo em caso de entulho, a coleta domiciliar faz o recolhimento. A concessionária de limpeza é obrigada a coletar 100 litros ou 50 quilos de resíduos de cada unidade familiar. No caso de entulho, basta ensacar em embalagem resistente. Se a produção for superior ao limite recolhido, a solução é fracionar. "Colocar três vezes e não pagar por isso. As pessoas não sabem usar a coleta. Jogam na rua e alguém que resolva", lamenta Eveline. Se o cidadão quer se livrar de um sofá velho, tem que contratar uma empresa especializada, não depositá-lo no canteiro central. "Virou moda. Onde tem canteiro central, tem lixo. É irritante. No Centro, 147 garis varrem o dia inteiro. Dois metros adiante, jogam lixo no chão", diz Eveline, que antes de se tornar presidente da Emlurb, foi fiscal por 20 anos.

De tão preocupadas em resolver seu problema, as pessoas por vezes não se dão conta do transtorno que a solução encontrada causa a terceiros ou, pior, não se importam. "A dimensão do privado é tão intensa que a noção do coletivo se perde, enfraquece. Até os argumentos - 'não tinha lugar para estacionar; parei rapidinho'- são referências de seu universo particular", observa a professora Gisele Macedo, psicóloga com doutorado em trânsito. O individualismo provoca uma espécie de isolamento. Arimá Rocha, diretor da Guarda Municipal, diz que as pessoas não se sentem parte da cidade. "Quando alguém danifica o patrimônio público acha que está danificando o patrimônio do outro, de alguém que ele não conhece, de um ser abstrato, que não existe", diz.

Arimá faz questão de frisar que o vandalismo "não vem só do pobre, boa parte é filho da classe média e da elite, que acha que não precisa do espaço público porque tem o shopping". Se é para relacionar falta de educação com classe social, os ricos saem em desvantagem. "O individualismo é mais acirrado com a concentração de renda. As pessoas estão acostumadas a pagar e fazer o mundo funcionar como serviço para elas", diz a psicóloga Gislene. Falta de vontade, valores individualistas, puro descaso. Não existe uma explicação só para a falta de educação. "Mas é consenso que os valores da família e, principalmente, bons exemplos, são determinantes para mudar posturas", diz Terezinha.

Serviço
Ligue 0800 851531 para denunciar o despejo de entulho em local proibido ou para saber que empresas são cadastradas na Emlurb para o recolhimento de resíduos. Um flagrante de entulho sendo jogado em local proibido pode gerar multa de R$ 3 mil.

Mariana Toniatti - Jornal O Povo

Fonte: http://www.opovo.com.br/opovo/fortaleza/805149.html

Bela idéia, bela causa


O publicitário Márcio Juniot da agência Neogama/BBH está leiloando seu New Beetle prata, ano 2000, que já pertenceu ao atacante Ronaldo Fenômeno.


O maior objetivo de Márcio não é simplesmente vender o carro, e sim ajudar as crianças do GRAACC (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) com parte da arrecadação do leilão.

Os lances devem ser encaminhados para o e-mail newbeetledoronaldo@gmail.com até o próximo dia 9 de agosto.

O valor que será repassado dependerá do número de acessos ao vídeo de divulgação do leilão (vide final da postagem), da seguinte forma:

100 mil acessos - 20% do valor da venda
500 mil acessos - 50% do valor da venda
1 milhão de acessos - 70% do valor da venda

Aqueles que não tem condições ou interesse em dar um lance no carro podem contribuir acessando o vídeo, a fim de aumentar a porcentagem destinada ao GRAACC no final do leilão.

O publicitário já adiantou que independente do número de acessos o GRAACC receberá R$ 10 mil do valor da venda.

Vídeo de divulgação:

http://br.youtube.com/watch?v=Ldy50wcCsPk

Conheça o GRAACC:

http://www.graacc.org.br/

Referência:

http://www.propmark.com.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=46202&sid=6


quinta-feira, 17 de julho de 2008

Adote um Alimento - Lar Torres de Melo

O Lar Torres de Melo promove a campanha "Adote um Alimento", a fim de minimizar a falta de gêneros na instituição.

A campanha consiste na adoção de um gênero alimentício por parte do doador, que por sua vez poderá contribuir semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente, em qualquer quantidade.

Alimentos como aveia, Neston, massa para mingaus, leite integral e desnatado, frango, ovos, pães, feijão e biscoitos, são exemplos das necessidades do lar.

Informações, cadastro e doações:
Rua Júlio Pinto, 1832 - Jacarecanga
Fone: 3206.6750 - Zenaide ou Alexsandra
lartmelo@veloxmail.com.br
Visitas diárias das 13:00h às 16:00h

Ou pelo site: www.lartmelo.org.br

A educação mandou lembranças...


Muitos problemas da cidade poderiam acabar ou ser atenuados se a população tivesse mais educação. Todos sabem disso, mas a atitude não muda.

O carro 4X4 é importado. O motorista parece distinto metido num terno. O vidro escuro desce até a metade, ele estica o braço e solta o papel amassado. Nem aí. O lixo se amontoa no terreno baldio, na calçada, no canteiro central. A senhora termina o lanche e atira no chão o guardanapo e o copo vazio sem ao menos tentar disfarçar. As calçadas dos bairros chiques estão coalhadas de cocô de cachorro. Nos terminais de ônibus, as filas são campos de batalha. Nos prédios de consultório médico, chegar no elevador também é motivo de briga. No trânsito, salve-se quem puder! É até um espanto presenciar um gesto de gentileza entre motoristas. Em Fortaleza, falta educação, sobra egoísmo.

Panfletos

Basta uma volta no Centro para constatar. Os calçadões estão forrados de panfletos. "É tão sujo que a gente não sente culpa de jogar". O raciocínio da menina que acaba de dispensar um folheto praticamente do lado de uma lixeira é o mesmo de muita gente. Um círculo vicioso. Ela sabe que está errada, tanto que se recusa a dizer o nome completo. "Não quero sair na matéria não". Na Praça do Ferreira, Francisco de Castro sai em defesa do sobrinho, Anderson, que jogou no chão o copo de suco. "Não tem lixeira. Não vou guardar no bolso", responde irritado. O flagrante é sempre constrangedor. "Todo mundo sabe da problemática do lixo, agora o que eu vou fazer a respeito é outra coisa", diz a coordenadora de políticas ambientais da Secretaria de Meio Ambiente e Controle Urbano (Semam), Mara Calvis.

Paciência
O trânsito é espaço fértil para a falta de educação. No semáforo da avenida Aguanambi que dá acesso a rua Coronel Solón, é fácil ver motoristas furando a fila de carros que aguarda o sinal abrir. Para ganhar no máximo uns poucos minutos, testam a paciência de quem já vem estressado no trânsito sem o menor pudor. "Não é bem furar fila. Tem esse espaço sobrando", tenta explicar Maurício Soares que força a entrada na faixa do sinal, passando na frente de uns dez veículos. As filas duplas em frente aos colégios também são falta de educação, mas acabaram virando "coisa normal". "É só um instante. Fico dentro do carro e a outra pista está livre. Infelizmente, não tem outra alternativa", diz France Dantas, à espera do filho na saída do colégio.

Quem não tem nada a ver com aquilo, sofre com o trânsito arrastado. Manuel Alexandrino, 54, estaciona o carro a um quarteirão do portão de saída da escola. É sua contribuição para diminuir a fila dupla e o congestionamento. "O problema é operacional. Tem carro demais na cidade. Num colégio desse, de elite, cada pai traz seu filho de carro, inclusive eu. Tento fazer a minha parte", diz. Na avenida movimentada, esquina do mesmo colégio, vê-se o oposto. Um pai pára o carro e o trânsito, como faz a maioria. Outro gesto reprovável, mas cada vez mais corriqueiro, é transformar a rua em banheiro para cachorro.

Ninguém gosta de cruzar com um cocô no meio da calçada, pisar então nem se fala, incluindo aí os próprios donos de cachorro. Mas levar um pedaço de jornal e um saquinho para recolher a caca dos bichinhos parece estar fora de cogitação. Para uns é até humilhação. Francilene Nogueira faz cara de nojo para dizer que não limpa o cocô de Sushi. "A maioria do povo é assim mesmo", diz. Verdade. Nenhuma das sete pessoas vistas caminhando com seu cachorro numa manhã de quarta-feira limpa a calçada que eles sujam. Todo mundo tem justificativa, claro. "Ele só faz cocô em casa". "Não tem lixeira para jogar o saco. Não vou andar quarteirões com o cocô na mão". Tudo para justificar o que não tem explicação.

Também é falta de educação...

Carro trancando a saída de outro, mesmo que sejam só cinco minutinhos.

Usar vagas reservadas para deficientes porque está difícil encontrar estacionamento.

Utilizar o caixa do supermercado para 10 volumes se você tem mais de dez volumes no carrinho.

Forçar a entrada num elevador onde não cabe mais ninguém.

Grudar no carro da frente só para não deixar o outro carro, que pede passagem, entrar. Não custa nada dar a vez no trânsito.

Trancar direita ou esquerda livre.

Água parada em casa depois de tantos anos de campanha contra a dengue.

Mariana Toniatti - Jornal O Povo

Fonte: http://www.opovo.com.br/opovo/fortaleza/804744.html

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Piso dos Professores

Ontem o presidente Lula sancionou o novo piso salarial para os professores do ensino básico de nosso país.

Estados e municípios terão até 2010 para se adaptarem ao novo piso, que será de R$ 950 para uma jornada de 40 horas semanais.

Serão beneficiados cerca de 800 mil professores que atualmente recebem abaixo dessa quantia.

Uma medida justa, apesar de ser um valor que ainda não corresponde ao verdadeiro reconhecimento que esses profissionais merecem.

Os professores exercem uma das funções mais nobres em nossa sociedade e em nossas vidas, porém são muito pouco valorizados.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Toca de Assis

A Fraternidade de Aliança Toca de Assis é uma fraternidade católica inspirada nos ensinamentos de São Francisco de Assis. O movimento foi fundado em maio de 1994 pelo Padre Roberto José Lettieri, na cidade paulista de Campinas.

A Toca de Assis vem expandindo-se desde sua fundação, e hoje conta com sedes em vários estados brasileiros e algumas no exterior, como em Quito, capital do Equador.

Esta fraternidade entende que é chamada ao acolhimento aos pobres de rua, à adoração contínua a Jesus Sacramentado, e à vida fraterna. Seus membros são consagrados(as), ou religiosos(as) a caminho da consagração que passam por algumas etapas de formação até a profissão solene dos votos.

No Ceará a fraternidade possui cinco sedes, sendo três em Fortaleza, uma no Eusébio e uma em Juazeiro do Norte.

Como as demais "tocas" espalhadas pelo Brasil, as sedes do nosso estado abrigam e oferecem assistência a moradores de rua com problemas de saúde, sendo mantidas por intermédio do apoio de diversas associações, como a AMIGOS (Associação Movimento de Integração de Grandes Obras Sociais), que foi responsável pela doação do terreno e construção da última sede inaugurada em nossa capital, no bairro do Castelão, em dezembro de 2007.

As Tocas de Assis aceitam qualquer tipo de doação.

Algumas sedes no Ceará:

Fortaleza

Casa Fraterna de Aliança São José
Av. João Pessoa, 5052 - Damas
(85) 3232-5277

Eusébio

Sítio Tão Sublime Sacramento
Rua Lourival Sales, 1142 - Jabutí
(85) 3275-0053

Juazeiro do Norte

Chácara Jesus Sacramentado Nosso Deus Amado
Rua Odilon Gomes, 80 - Tiradentes
(88) 3572-8268

Referências:

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=492355

www.tocadeassis.org.br

Divina Providência

Ajudar ao próximo. Esta ação é, certamente, a principal medida usada para mensurar a bondade de um ser humano. O que dizer, então, de um homem de 49 anos que, desde os 15, está envolvido com trabalhos sociais da Igreja Católica e que mantém, sozinho, há 18 anos, um abrigo para pessoas abandonadas pelas famílias? Este é o irmão Valdir Paz, coordenador do abrigo Lar Divina Providência, na Lagoa Redonda.


Mesmo cuidando diariamente de 16 pessoas, todas com algum problema de saúde, no rosto de Valdir está estampada a angústia de não poder ajudar mais. “Ainda temos espaço para outras pessoas, mas precisamos de ajuda, principalmente alimentação e remédios. Qualquer doação é bem vinda”, afirma o irmão, que cuida sozinho do abrigo, cozinhando, faxinando e lavando roupas.

Valdir também faz um apelo para voluntários da área de saúde acompanharem os moradores do abrigo. “Falta alguém para fazer visitas médicas periódicas. Muitos aqui têm tuberculose, AVC (Acidente Vascular Cerebral) e até hanseníase. Também falta um acompanhamento ocupacional. Muitas vezes, eles sentem falta de alguém para conversar”.

As pessoas atendidas pelo abrigo chegaram através do contato de assistentes sociais com o irmão Valdir. “Os profissionais conhecem nosso trabalho. Nos hospitais, quando pacientes recebem alta e relatam que são moradores de rua e não têm família, eles são trazidos para o Lar”, explicou.

O aposentado José Morais, de 77 anos, morava na rua desde que a mulher o abandonou e roubou o seu cartão de aposentadoria. Após um AVC, ele foi encaminhado ao abrigo e, apesar das dificuldades, se considera feliz. “Me sinto muito melhor aqui, é mais espaçoso e alguém cuida de mim”. O Lar Divina Providência é uma instituição da Ordem Franciscana fundada em 1990. “Esse espaço é abençoado, foi inaugurado por Dom Aloísio Lorscheider”, lembra Valdir.

Crianças

Pela manhã, funciona no abrigo uma creche para 60 crianças que não conseguiram vagas na rede pública de ensino.

“São três turmas de 20 alunos. Pago meio salário para seis estagiários darem aulas às crianças. Isso toma quase todo o meu salário”, comenta.

Mais informações:
Lar Divina Providência
Rua José Júlio Feitosa, nº 479 - Lagoa Redonda
8787-4320 - irmão Valdir Paz

Fonte: http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=533206

domingo, 13 de julho de 2008

Cinqüenta Anos da Bossa Nova

Pode-se afirmar sem receio que a Bossa Nova é o momento mais revolucionário da música popular brasileira. Nas quatro vertentes de uma canção - ritimo, melodia, harmonia e letra - todas conduzidas por três personalidades artísticas que, ao se cruzarem quase por casualidade no Rio de Janeiro em 1958, traçaram um novo rumo ao samba:

João Gilberto - Vinicius de Morais - Antonio Carlos Jobim

Três nomes excepcionais da música, o poeta Vinicius de Morais, o compositor Antonio Carlos Jobim e o violinista e cantor João Gilberto. Apesar dos dois primeiros virem trilhando desde 1956 o caminho da modernidade que se mostrava estar acontecendo, principalmente em função do pianista Johnny Alf, foi João Gilberto quem sintetizou a revolução da música brasileira quando gravou em 10 de julho de 1958 seu disco de 78 rotações "Chega de Saudade".

O som que se ouve nesse disco é uma outra bossa na canção. Nela havia uma nova forma poética para uma nova forma de composição e harmonia, uma forma nova de interpretação de voz e violão e uma nova batida no modo de ritimar o samba que seria a marca registrada dessa bossa. Naqueles 2 minutos e 59 segundos percebia-se nitidamente estar diante de uma nova bossa, a Bossa Nova.

No mesmo ano de 58 João causou mais estupefação quando gravou pela primeira vez uma música que iludiu o incaltos e deixou boquiaberta a classe musical brasileira, "Desafinado" de Jobim e Newton Mendonça. A melodia soava tão estranha que muitos foram induzidos a pensar que o cantor é que desfinava, quando, ao contrário, cantava cada nota com uma precisão tão certa e justa que não há como discutir sua impecável afinação.

O som dos dois primeiros discos causou uma reação espantosa, houve jovens que resolveram enveredar pela música depois que ouviram João Gilberto. Seu primeiro LP, lançado no inicio de 1959, tinha outra novidade surpreendente: além das três canções de um novo compositor, Carlos Lyra, João incluiu quatro músicas consagradas dos veteranos Dorival Caymmi, Ary Barroso e Marino Pinto. Ao remontar harmonias e ao nelas aplicar sua bossa, João demonstrou que canções como "Rosa Morena" também podiam ser Bossa Nova.

A Bossa Nova era econômica, tinha um linguagem da classe média para a classe média, era bem humorada, exaltava a natureza e a mulher, era coloquial, leve, um novo idioma musical que refletia a afirmação do país como nação vitoriosa nas conquistas atingidas. A Bossa Nova encarnava sob a forma musical um Brasil que estava se descobrindo. Oferecia uma sonoridade que enriquecia com frescor a musica popular de outros paises, inclusive os Estados Unidos, inclusive o seu Jazz. Foi o que aconteceu a patir do Concerto de Camegie Hall, em novembro de 1962, três meses após o pocket show realizado no Rio que reuniu pela primeira vez e única, os 3 vértices do triângulo: João, Tom e Vinicius. Foram estreadas as canções da derradeira safra da dupla e uma delas era "Garota de Ipanema".

Daí em diante a Bossa Nova influenciou uma geração de "arranjadores, guitarristas, músicos e cantores" como escrevera Tom Jobim. A Bossa Nova exerceu uma influência viçosa e saudável na música e deu, ao lado do futebol, a personalidade do povo brasileiro.

Zuza Homem de Melo
Maio de 2008

sábado, 12 de julho de 2008

Sobre a Satiagraha

Antes que alguém pergunte sobre a relação do PIPAS com a postagem a seguir, saibamos que todos somos cidadãos brasileiros e sempre seremos os maiores prejudicados em casos assim.

Quarenta e cinco procuradores e cento e trinta juízes federais, este foi o número de magistrados que manifestaram-se contra o STF na última sexta-feira (11/07), mesmo antes do segundo harbeas corpus concedido ao banqueiro Daniel Dantas, por intermédio do ministro Gilmar Mendes.

Cinco dias após a terça-feira (08/07), data das prisões efetuadas pela Operação Satiagraha, dezesseis dos dezessete acusados estão em liberdade, quinze beneficiados pela decisão do STF, e um que permanece foragido. Fora isso, duas acusações são sustentadas pelo tribunal: uma contra o juíz Fausto Martin De Sanctis, por desrespeito a decisão do orgão superior, e a segunda direcionada à Polícia Federal, por um suposto monitoramento do gabinete do ministro, por ordem do mesmo juíz.

O ministro Gilmar Mendes, presidente do STF, é o mesmo que sofreu uma tentativa de assalto na beira-mar de nossa capital no último dia 29/06, em um episódio que está gerando grande mobilização por parte do governo do estado a fim de melhorar a segurança daquela área, que há tempos sofre com o problema de assaltos, onde foram vitimadas muitas outras pessoas comuns, que não tiveram condições de "puxar a orelha" do governador para alertá-lo da situação.

Fica a questão: a mesma pessoa que cobra providências por uma tentativa de assalto em um momento de lazer, por outro lado condena as ações de um juíz considerado dos maiores especialistas na solução de casos que envolvem lavagem de dinheiro, e da PF, uma das instituições de maior credibilidade perante o povo brasileiro e uma das poucas que ainda trabalham com eficiência e transparência neste país. Desta forma, o conceito de justiça ficou bem confuso.

Grande parte da população não consegue entender o caso, e esse entendimento piora ao vermos os acusados em liberdade e as instituições que tentaram cumprir a lei sendo acusadas de abusos para com os mesmos (utilização de algemas), como também de um suposto e já desmentido monitoramento ilegal a fim de achar provas.

Todos sabemos que o excelentissímo ministro Gilmar Mendes tem conhecimento e competência comprovadas para tomar decisões como as que acompanhamos durante a semana, e que os acusados por enquanto são apenas acusados, mas, os fatos ocorridos nos últimos dias remetem-nos a mais uma situação muito estranha, que aparenta não ter solução breve, e que nos levanta suspeitas de mais um caso de favorecimento político a pessoas que tem poderes e influências suficientes para serem beneficiadas.

A propósito:
Satiagraha significa resistência pacífica e silenciosa.

Bruno Clementino
Integrante do PIPAS

Para entender a operação e o esquema:
http://noticias.uol.com.br/ultnot/infografico/2008/07/08/ult3224u76.jhtm

Células-Tronco


Elas têm a capacidade de se transformar em qualquer tipo de tecido. São a esperança dos portadores de doenças genéticas. Com a aprovação da lei de Biossegurança no Supremo Tribunal Federal no fim de maio, as células-tronco embrionárias já podem ser utilizadas em pesquisas científicas brasileiras. E o que muda na vida dos pesquisadores e pacientes com a decisão?

Hosana Maria é mãe de Bianca. Dedica 24 horas do seu dia para cuidar da menina, que tem 5 anos, o primeiro deles vivido num hospital. Com amiotrofia espinhal, a pequena não consegue respirar, comer ou andar sozinha. "Mas ela é uma criança que fala de tudo", orgulha-se a mãe, passando o telefone para a filha. Receptiva, solta logo um "oi". "É uma luta grande, mas ela foi o melhor presente que Deus já me deu". Hosana é dona-de-casa. Não entende muito bem o que são células-tronco. "Mas sei que podem fazer bem para a Bianca", explica. A decisão do dia 28 de maio trouxe um alento.

O Supremo Tribunal Federal (STF) negou a inconstitucionalidade e a lei de Biossegurança foi aprovada. As pesquisas com células-tronco embrionárias vão poder, enfim, começar. "Tem muita criança viva que precisa de ajuda. Se esses embriões iriam para o lixo, por que não usá-los para um bem maior?", questiona Hosana. Para a médica geneticista Denise Carvalho, doutoranda do Centro de Estudos do Genoma Humano, na Universidade de São Paulo (USP), a grande satisfação dos cientistas é a possibilidade real de estudar tudo que tinham em mente. "Não temos mais nenhum empecilho. O estímulo é geral, tanto pelos órgãos de financiamento, como pelos pesquisadores. É a possibilidade de realização plena do projeto".

Segundo Denise, existe pouco trabalho nessa área no Brasil. "Com o impedimento desde 2005, não tinha como crescer". A lei de Biossegurança, aprovada pelo Congresso em 2005, foi rapidamente sancionada pelo presidente Lula. Mas a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recorreu ao STF, considerando que o artigo relativo às pesquisas era inconstitucional. "É ignorar completamente o significado de um embrião e as conseqüências para a criação de uma mentalidade desumana. A Igreja Católica insiste que o embrião não é um grumo de células, mas um indivíduo da espécie humana", destaca o padre Brendan Coleman Mc Donald, assessor da CNBB no Ceará.

Cura
Os pesquisadores, no entanto, explicam que só serão utilizados para as pesquisas os embriões que não servem mais para a fecundação. "São os inviáveis ou os que estão congelados há mais de três anos. Está descrito na lei", defende o neurocientista Stevens Kastrup Rehen, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com a aprovação, a esperança de muitas pessoas reascendeu. "Sempre acreditei que isso poderia mudar. Quem sabe, talvez, a cura aparece logo e minha filha poderá, enfim, ficar boa", torce Hosana. No entanto, ainda não é possível dizer se Bianca poderá ser mesmo beneficiada.

A grande questão das pesquisas com células-tronco embrionárias é o quando. "É a pergunta mais difícil para nós, cientistas. Os rumos da pesquisa biomédica são incertos", ressalta a professora Lygia da Veiga Pereira, chefe do Laboratório de Genética Molecular do Instituto de Biociências da USP. "Pode ser que vejamos os resultados um mês, em dois meses, em um ano, ou em dez anos. Ou até que a gente morra sem vê-los. A ciência é imprevisível, o que não podemos é deixar de tentar. O fato de permitir a pesquisa é uma chance de encontrarmos o tão sonhado resultado. Pode ser mais rápido do que a gente imagina. Ou não", completa Denise Carvalho.

Fonte: http://www.opovo.com.br/opovo/cienciaesaude/803404.html

Noventa Anos de Nelson Mandela


Nelson Rolihlahla Mandela foi um líder rebelde e, posteriormente, presidente da África do Sul de 1994 a 1999. Principal representante do movimento anti-apartheid, considerado pelo povo um guerreiro em luta pela liberdade, era tido pelo governo sul-africano como um terrorista e passou quase três décadas na cadeia.

De etnia Xhosa, Mandela nasceu no pequeno vilarejo de Qunu, distrito de Umtata, na região do Transkei. Aos sete anos, Mandela tornou-se o primeiro membro da família a freqüentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês "Nelson". Seu pai morreu logo depois, e Nelson seguiu para uma escola próxima ao palácio do Regente. Seguindo as tradições Xhosa, ele foi iniciado na sociedade aos 16 anos, seguindo para o Instituto Clarkebury, onde estudou cultura ocidental.

Com 19 anos, em 1934, Mandela mudou-se para Fort Beaufort, cidade com escolas que recebiam a maior parte da realeza Thembu, e ali tomou interesse no boxe e nas corridas. Após se matricular, ele começou o curso para se tornar bacharel em direito na Universidade de Fort Hare, onde conheceu Oliver Tambo e iniciou uma longa amizade.

Ao final do primeiro ano, Mandela se envolveu com o movimento estudantil, num boicote contra as políticas universitárias, sendo expulso da universidade. Dali foi para Johanesburgo, onde terminou sua graduação na Universidade da África do Sul (UNISA) por correspondência. Continuou seus estudos de direito na Universidade de Witwatersrand.

Como jovem estudante do direito, Mandela se envolveu na oposição ao regime do apartheid, que negava aos negros (maioria da população), mestiços e indianos (uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano em 1942, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambo, entre outros, a Liga Jovem do CNA.

Depois da eleição de 1948 dar a vitória aos afrikaners (Partido Nacional), que apoiavam a política de segregação racial, Mandela tornou-se mais ativo no CNA, tomando parte do Congresso do Povo (1955) que divulgou a Carta da Liberdade - documento contendo um programa fundamental para a causa anti-apartheid.

Comprometido de início apenas com atos não-violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180.

Em 1961, ele se tornou comandante do braço armado do CNA, o chamado Umkhonto we Sizwe ("Lança da Nação", ou MK), fundado por ele e outros. Mandela coordenou uma campanha de sabotagem contra alvos militares e do governo e viajou para a Argélia para treinamento paramilitar.

Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso após informes da CIA à polícia sul-africana, sendo sentenciado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Em 1964 foi condenado a prisão perpétua por sabotagem (o que Mandela admitiu) e por conspirar para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega).

No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas anti-apartheid em vários países.

Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, aos 72 anos, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk.

Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da paz em 1993.

Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa.

Ele se casou três vezes. A primeira esposa de Mandela foi Evelyn Ntoko Mase, da qual se divorciou em 1957 após 13 anos de casamento. Depois casou-se com Winie Madikizela, e com ela ficou 38 anos, divorciando-se em 1996, com as divergências políticas entre o casal vindo a público. No seu 80º aniversário, Mandela casou-se com Graça Machel, viúva de Samora Machel, antigo presidente moçambicano.

Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Ele recebeu muitas distinções no exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Elizabeth 2ª., a medalha presidencial da Liberdade, de George W. Bush, o Bharat Ratna (a distinção mais alta da Índia) e a Ordem do Canadá.

Em 2003, Mandela fez alguns pronunciamentos atacando a política externa do presidente norte-americano Bush. Ao mesmo tempo, ele anunciou seu apoio à campanha de arrecadação de fundos contra a AIDS chamada "46664" - seu número na época em que esteve na prisão.

Em junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Fez uma exceção, no entanto, por seu compromisso em lutar contra a AIDS.

Mandela completará noventas anos de vida na próxima quinta-feira, 17/07.

Dezoito Anos do Estatuto da Criança e do Adolescente


Por isso, mais do que comemorar, é preciso refletir sobre o papel da nossa sociedade na legitimização do ECA, principalmente no que diz respeito à violência contra as nossas crianças e adolescentes.

Considerado um marco na consolidação de legislação que procura garantir a proteção e o bem estar da parcela de nossa população que representa o futuro do Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - Lei Federal n°. 8.069/90 - está completando 18 anos. O ECA visa garantir os direitos básicos para o desenvolvimento saudável de nossas crianças. Porém, após quase duas décadas de existência, os números mostram uma realidade bem diferente do que a pretendida.

Mais do que comemorar, é preciso refletir sobre o papel da nossa sociedade na legitimização do ECA, principalmente no que diz respeito à violência contra crianças e adolescentes. A maioria dos estudos sobre o tema aponta que grande parte dos casos de violência ocorre no ambiente familiar, tendo como agressores os próprios pais. O controle dos casos fica ainda mais difícil em função do pacto de silêncio, postura muitas vezes adotada por profissionais, vizinhos, familiares e vítimas. Esse é um dos desafios de nossa sociedade: quebrar o silêncio e passar a agir como responsável por impedir e minimizar a violência doméstica.

Segundo o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, com base nos atendimentos do Serviço de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, oferecido pelos Centros de Referência Especial da Assistência Social (Creas), quase 28 mil casos foram registrados no segundo semestre de 2005, em 314 municípios brasileiros. A maior vulnerabilidade encontra-se na faixa etária de 7 a 14 anos, onde foram registrados 17.738 casos distribuídos entre violência física, psicológica, abuso e exploração sexual e negligência.

Por meio da motivação do apadrinhamento de crianças e adolescentes em situação de risco social, o Fundo Cristão para Crianças tenta fazer sua parte. Há 42 anos buscamos dar melhores condições de vida aos jovens cidadãos que vivem em situação de pobreza no Nordeste brasileiro e em Minas Gerais. Com o sistema de apadrinhamento, pessoas físicas e jurídicas enviam recursos mensais para ajudar no desenvolvimento infanto-juvenil nos meios urbano e rural. Esses recursos são encaminhados às 103 entidades conveniadas, cujos programas implantados englobam a participação dos pais e das comunidades. São 235 mil pessoas beneficiadas, 100 mil crianças atendidas e 68 mil apadrinhadas, em 56 municípios e 759 comunidades.

Nossa preocupação também se estende à integridade dos apadrinhados. Desenvolvemos uma política de proteção e um código de conduta para garantir um contato seguro entre crianças e padrinhos. A troca de cartas e os encontros entre padrinhos e afilhados são totalmente monitorados pelos nossos funcionários com o objetivo de impedir conteúdos ilícitos ou aproximações que possam prejudicar a criança ou adolescente. Assim, o Fundo Cristão para Crianças entende que, por meio da solidariedade, é possível garantir os direitos fundamentais da infância e da juventude e dar a sua contribuição para que o ECA seja adotado em sua plenitude.

Gerson Pacheco
Diretor Nacional do Fundo Cristão para Crianças

Fonte: http://www.opovo.com.br/opovo/opiniao/803849.html

domingo, 6 de julho de 2008

Reunião (06 Jul 08)


A reunião deste domingo serviu para fortalecer os laços de união do grupo, como amigos que caminham juntos na busca de um objetivo em comum: fazer o bem sem olhar a quem. Um encontro bastante emocionante, onde tivemos as presenças especiais dos voluntários: Evelma, Leila, João Henrique, Priscila e Gauthielly. Ficaram decididos ainda as datas e atividades das próximas ações no Lar Torres de Melo, que serão publicadas no blog do PIPAS ainda esta semana.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Feliz aniversário!

A amiga Kalita Feitosa, nobre integrante do PIPAS e aniversariante do dia 05/07. O grupo deseja paz, saúde, sabedoria e muitas felicidades. Somos gratos por termos em nosso meio uma pessoa tão especial e repleta de virtudes. Deus te abençoe, Kalita.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Um Belo Exemplo de Superação


No meio de tantos atletas, um homem tem uma missão maior. Seu filho quer participar, e ele vai atender o desejo do filho. A essa altura, você deve estar cheio de perguntas, tentando entender e até acreditar nesta história. Esta é a história de um pai que nunca desistiu de lutar pela felicidade do filho.

Rick é o mais velho dos três filhos de Dick Hoyt. Durante o parto, o cordão umbilical se enrolou no pescoço. Faltou oxigenação no cérebro, provocando danos irreversíveis. Rick não pode falar ou controlar os movimentos de seus braços e pernas. Parecia condenado.

“Os médicos disseram: ‘Livre-se dele. É melhor interná-lo. Ele vai ser um vegetal o resto da vida’. Nós choramos, mas decidimos tratá-lo como uma criança normal. Ele é o centro das atenções e está sempre incluído em tudo”, conta Dick Hoyt.

Rick sempre teve amor, mas ninguém sabia até que ponto ele conseguia absorver e entender o que se passava a sua volta. A escola achava que ele não tinha capacidade de aprender. Os médicos também.

“Mas aí nós pedimos para os médicos contarem uma piada, e Rick caiu na gargalhada. Eles, então, disseram que talvez haja algo aí dentro”, lembra Dick Hoyt.

Cientistas desenvolveram um sistema de comunicação para Rick. Com o movimento lateral da cabeça, o único que consegue controlar, ele poderia escolher letras que passavam pela tela e, assim, lentamente, escrever palavras.

“Ele tinha 12 anos, e todo mundo estava apostando quais seriam as primeiras palavras da vida dele. Seriam ‘Oi, pai!' ou 'Oi, mãe!’?. Que nada! Ele disse: ‘Go, Bruins’, uma frase de incentivo ao Boston Bruins, time de hóquei”, conta Dick Hoyt

Rick participava de tudo. E foi assim que surgiu a idéia de correr.

“Um colega da escola sofreu acidente e ficou paralítico. Foi organizada uma corrida para arrecadar dinheiro para o tratamento. E Rick, através do computador, pediu: ‘Eu tenho que fazer algo por ele. Tenho que mostrar para ele que a vida continua, mesmo que ele esteja paralisado. Eu quero participar da corrida’”, lembra Dick Hoyt. "Eu tinha 40 anos e não era um atleta. Corria três vezes por semana, uns dois quilômetros, só para tentar manter o peso. Nós largamos no meio da galera, e todo mundo achou que a gente só ia até a primeira curva e ia voltar. Mas nós fizemos a prova inteirinha, chegando quase em último, mas não em último. Ao cruzarmos a linha de chegada, Rick tinha o maior sorriso que você já viu. E quando chegamos em casa, ele me disse, através do computador: ‘Pai, durante a corrida, eu sinto como se minha deficiência desaparecesse’. Ele se chamou de 'pássaro livre', porque então estava livre para correr e competir com todo mundo”.

Que pai não faria todo o esforço para levar tamanha felicidade a um filho? Dick começou a treinar, e eles resolveram participar de outras provas. Mas a recepção não foi boa.

“Ninguém falava com a gente, ninguém nos queria na corrida. Famílias de outros deficientes me escreviam e estavam com raiva de mim. Perguntavam: 'O que você está fazendo? Procurando a glória pra você?'. O que eles não sabiam é que Rick é que me empurrava para todas as corridas”, conta Dick Hoyt.

E contra todos, eles foram em frente. Um ano depois, participaram da primeira maratona. Cinco anos mais tarde, veio a idéia do triatlo. Mas, para fazer triatlo com seu filho, Dick Hoyt tinha uma série de problemas para resolver.

Primeiro: equipamento. Não existia nada parecido no mercado. Todo o material de competição teve que ser desenvolvido. E a cada competição, Dick Hoyt tinha que chegar mais cedo para montar tudo.

Mas Dick Hoyt tinha um problema muito maior a resolver para poder fazer triatlo com o filho. Uma coisinha básica: ele não sabia nadar. Mudou-se para uma casa à beira de um lago e foi.

“Nunca vou esquecer o primeiro dia. Eu me joguei no lago e adivinha: afundei. Mas todo dia eu chegava do trabalho e tentava ir um pouquinho mais longe”, conta Dick Hoyt.

Entre o primeiro dia no lago e o primeiro triatlo, foram apenas nove meses. A questão da natação estava resolvida, mas Dick Hoyt ainda tinha mais uma dificuldade pela frente: já fazia um certo tempo que ele não montava numa bicicleta – desde os 6 anos de idade.

O ciclismo é a parte mais difícil para os Hoyt. A bicicleta deles é quase seis vezes mais pesada que a dos outros, sem contar o peso de Rick. Na subida, isso fica claro.

“Ninguém me ensinou a nadar, a pedalar ou a correr como um atleta. Nós simplesmente fizemos. Do nosso jeito”, comenta Dick Hoyt.

Do jeito deles, pai e filho enfrentaram os mais incríveis desafios. O mais impressionante: o Iron Man, no Havaí, o mais duro dos triatlos. São 3,8 mil metros de natação, 180 quilômetros de ciclismo e uma maratona inteira no fim: 42,195 quilômetros de corrida em mais de 13 horas de um esforço sobre-humano.

Dick e Rick venceram a desconfiança. Hoje são queridos onde chegam. Recebem incentivos dos outros competidores a todo instante e até agradecimentos.

“Vocês são incríveis. Obrigada”, diz uma triatleta.

Um rapaz diz que resolveu fazer triatlo por causa deles: "Hoje foi minha primeira corrida e eu gostaria de agradecê-los por serem minha inspiração”.

“É de emocionar, porque você começa a refletir o que tem feito da sua vida”, comenta uma mulher.

“É a parte mais fenomenal do triatlo. É incrível o que esse homem faz com seu filho”, elogia outra mulher.

“Ele é um grande homem. Ele tem coração, é um bom homem”, ressalta um atleta.

Desde 1980, foram seis edições de Iron Man, 66 maratonas e competições de diversos tipos. Pai e filho completaram 975 provas juntos. Jamais abandonaram uma sequer e nunca chegaram em último lugar. Eles têm orgulho de dizer: “Chegamos perto do último, mas nunca em último”. Sempre com o mesmo final apoteótico: público comovido, braços abertos e aquele mesmo sorriso enorme na linha de chegada.

Atualmente, Rick tem 46 anos. Com o movimento da cabeça, escreve no computador frases que serão faladas por um sintetizador de voz. É um homem bem-humorado. “As pessoas, às vezes, ficam olhando para mim. Eu espero que seja porque eu estou muito bonito”, brinca.

Rick formou-se em educação especial na Universidade de Boston. “Não dá para descrever a felicidade no dia da formatura. Foi minha maior realização. Eu mostrei para as pessoas que elas não têm que sentar e esperar a vida passar”, comenta.

Hoje ele não mora mais com o pai. Mora sozinho, com a ajuda de pessoas contratadas para dar assistência. E se você fica dois minutos com Rick, jamais vai esquecer o seu sorriso.

“Ele é muito, muito, muito feliz. Provavelmente, mais feliz do que 95% da população”, afirma o pai, Dick Hoyt, que escreveu um livro e criou uma fundação para ajudar outras pessoas com paralisia cerebral. Hoje o superpai tem 68 anos e impressiona pelo vigor que continua apresentando.

Aos 52, empurrando Rick, conseguiu o incrível tempo de 2h40m na Maratona de Boston, pouco mais de meia hora acima do recorde mundial. Marca excelente para um amador, sensacional para uma pessoa dessa idade e inacreditável para quem corre empurrando uma cadeira de rodas.

“Já me disseram para competir sozinho, mas eu não faço nada sozinho. Nós começamos como um time e é assim que vai ser. O que importa para mim é estar aqui e competindo ao lado do Rick”, afirma Dick Hoyt.

Por isso, eles se chamam “Team Hoyt” – o time Hoyt, a equipe Hoyt. Pai e filho, inseparáveis. Richard Eugene Hoyt e Richard Eugene Hoyt Junior: uma mensagem viva para o mundo.

“Nossa mensagem é: 'Sim, você pode'. Não há, no nosso vocabulário, a palavra ‘impossível’. Esse é o nosso lema. E nós continuaremos com ele até o fim”, garante Dick Hoyt.

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM848458-7823-PAI+E+FILHO+DAO+EXEMPLO+DE+SUPERACAO+NO+ESPORTE,00.html